Bebida à vontade e a um valor bem mais acessível, pois o mesmo é dividido entre todos os componentes. Estilos musicais que não obrigatoriamente tem a ver com o carnaval, tranquilidade para pode reunir os amigos e, até mesmo, um churrasquinho improvisado na calçada. Essas são algumas das características e vantagens de se participar de um bloco e, durante as quatro noites de folia ter, em torno do clube SRP, o chamado Chatô, apelido dado ao cômodo, geralmente alugado para este fim e que abriga a estrutura necessária para a garantia de uma diversão sem censura.
Mas, extrapolar o bom senso também faz parte. Alguns não se sabem quantos, inclusive este ano, usaram paredes, portas, portões para fazerem suas necessidades fisiológicas deixando a urina e as fezes para os incomodados moradores do entorno da entidade fazerem a limpeza na manhã seguinte.
Junto à falta de educação, vem o pior dos problemas reclamados pelas senhoras Lúcia Dávila e Maria Conceição Barbosa de Jesus: o som em volume elevadíssimo e constante que atravessa a madrugada e garantem elas, este ano, se estendeu até às 10hs da manhã.
-Moro na Daltro Filho há 43 anos e, de cinco anos pra cá, a situação se tornou insuportável sendo impossível dormir nessas noites – reclama a aposentada que se apressa ao se posicionar quanto à festa:
- Não sou contra o carnaval e também já participei de Chatôs, mas, havia um limite e nossa festa se resumia ao interior do cômodo não incomodando ninguém. Hoje nos encontramos acuados, sem o direito de ir e vir e, dormir então, nem pensar. Se as verdadeiras discotecas que são montadas nas calçadas baixassem o volume ou parassem de tocar lá pelas duas da madrugada, você saberia que haveria um horário para parar de escutar o que não quer e ir dormir – amplia.
Maria da Conceição, que reside a meio século próximo a SRP, se mostra indignada e diz que todos os limites foram superados por quem busca aquele local como diversão.
- Há meio século ali é minha casa. Precisa haver respeito e eles não têm mais isso.
Havia cinco carros de som com um volume altíssimo que acabaram impedindo que ouvíssemos a música da banda contratada para fazer o carnaval da entidade e no dia seguinte, lá fomos nós fazer a limpeza de paredes e portas devido à urina e fezes – reclama.
Às reclamações das moradoras ganharam voz na reunião ordinária da Câmara de Vereadores da quinta-feira através de um requerimento do parlamentar Marcial Guastuci, PMDB, e o assunto foi discutido por exatas 1.45 minutos para o desespero do presidente da casa vereador Lourenço de Souza, PT.
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