segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

O PREÇO DA INCOERÊNCIA

“Ser coerente significa ser tão ignorante hoje como há um ano atrás.” (Bernhard Berenson, 1865 - 1959, estadunidense historiador de arte, especializado na Renascença). ................. Diante da participação do PT de Piratini no governo do 45, ouço críticas contundentes dos que esperavam uma conduta oposicionista do vereador petista Lourenço de Souza. No entanto, é preciso se sopesar outras circunstâncias como a busca do bem coletivo e o próprio crescimento do partido em nível municipal. É indiscutível que a coligação que apoia o 45 desde 1996, em Piratini, cresceu e se solidificou na união de siglas diversificadas em suas pautas ideológicas e trajetórias nacionais: PSDB, PDT, PP, PSB, PTB e DEM. Agora, com o PT, mesmo que não se fale em coligação nas próximas eleições, o Prefeito Vilso respira um ar de governabilidade diante da falta de maioria de vereadores eleitos do lado governista: quatro, ficando o Vereador Lourenço como decisivo nas votações no palco legislativo. Embora as contrariedades públicas sobre o apoio petista ao governo tucano, é muito salutar que a população se manifeste a clamar coerência pois este substantivo induz a observações sobre as condutas dos ocupantes de cargos políticos. Com isso, tem-se observadores cidadãos, fiscalizadores ativos. Esse quadro de policiamento colabora para o aperfeiçoamento das administrações. “A política é o latifúndio das incoerências.” Esta frase de minha autoria, foi criada em 2005, no meu primeiro ano como vereador, e persiste incólume. Ser coerente tornou-se um drama para certos políticos. Há eleitores, talvez a maioria, que sequer se preocupam com coerência dos candidatos, vislumbrando outros aspectos como resultados imediatos, etc. O direito à habitação, à saúde, à educação são constitucionais e precisam ser concretizados, sob pena de se reduzir o índice de felicidade dos munícipes – argumento esse que inspira os partidos que apoiam, na esfera nacional, os governos, sejam eles tucanos, petistas, etc. Os eleitores, no exercício do voto, avaliarão ou não os atos coerentes e/ou incoerentes de quem gravita no espaço da política. A qualidade de cada observação dependerá do grau de maturidade de cada pessoa, neste país ainda criança na caminhada das experiências democráticas. JUAREZ MACHADO DE FARIAS juarez.piratini@yahoo.com.br


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