sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Classe média é quem mais furta no comércio


Weege registra dez furtos por semana
O ramo alimentício de Piratini não foge a situações comuns aos grandes centros comerciais que contabilizam todo fim de mês, valores nada tímidos e pagos pelo que diariamente é furtado das prateleiras.
Ao não ser divulgado pela imprensa e nem denunciado pelos  empresários, o assunto mantém no anonimato suas estatísticas preocupantes e curiosas.

Conversamos com proprietários de dois supermercados para traçar o perfil de quem comete pequenos furtos, e as respostas, fatos e histórias, causam muitas surpresas.

Marcos Weege, contou que a média desse tipo de situação constrangedora também para quem precisa dar o flagrante, dobra no final de semana.
-  Flagramos dez casos por semana, cinco, somente entre o sábado e o domingo –
- Essa é a maior despesa que temos por mês – completa Márcia Weege.
A Surpresa maior fica por conta não só da faixa etária a qual estão inseridas as pessoas que furtam, mas também, a classe social a qual pertencem.
- A maioria são mulheres entre 40 e 60 anos, pessoas de posição social e conhecidas na comunidade, de classe média, portanto sem necessidade de roubar – surpreende Weege.


O alvo são os produtos de higiene e beleza
O que é furtado -Entres os produtos preferidos e que vão parar na bolsa, os de higiene e beleza, como creme dental e escovas, desodorantes e sabonetes. Bronzeadores, protetores solares e shampoo, integram a lista.
Pacotes de fumo, achocolatados e bebidas em pequenas e médias embalagens, também se encontram entre os preferidos, isso quando não são consumidos(no caso das bebidas) durante o rancho e depois descartados entre as gôndolas ou outros produtos antes de passar no caixa, como informaram os proprietários do Supermercado Karol.

Mas existem aqueles mais ousados. Marta Weege, relata que várias vezes
 clientes  foram flagrados com frigideiras, secadores e chapinhas para cabelo, dentro do acessório feminino ou debaixo de casacos.

Frigideiras estão entre os itens preferidos
Entre as histórias curiosas, uma família, essa de origem humilde, que já foi flagrada mais de uma vez. As ações são praticadas pela esposa, o marido e seus dois filhos.
- Já os pegamos com três quilos de bife, carne de primeira, debaixo da roupa. De tanto comprarem, chamaram a atenção de um dos açougueiros, que os seguiu e constatou – relembrou  Marta.

Procedimento na hora do flagra
Tanto Luis Carlos, do Super Carol, como os Weege, procedem da mesma forma para tentar reaver o que é roubado e punir os larápios. Quando flagrados por funcionários ou pelo sistema de câmeras, são convidados a se dirigirem a um local reservado, onde é solicitado que abram a bolsa ou mostrem o que tem debaixo da roupa. Aí começa um novo problema. A orientação dada aos supermercadistas em casos como estes, é que só efetuem a revista na presença de três testemunhas, antes mesmo de acionar a polícia.
- Ninguém quer se envolver. Muitos até nos desafiam a chamar a polícia. A maioria das vezes, acabamos desistindo e arcando com o prejuízo para evitar uma possível ação judicial por danos morais – explica             Marcos Weege.


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