- Ele me deu duas ou três vezes sinal de luz, mas como não encostava ao meu lado continuei. Após, ele atravessou a caminhonete em frente ao ônibus para me obrigar a parar e passou a me ofender com palavras de baixo calão e só não brigamos porque muitas pessoas de minhas relações interferiram e o ameaçaram fazendo com que fugisse – relatou o motorista.
Zé não sabia, mas a revolta do condutor da caminhonete foi ocasionada por ele ter avistado um cachorro preso embaixo do ônibus que só não morreu porque o veículo estava trafegando em segunda marcha, portanto em baixa velocidade.
- Fui chamado de assassino de cachorro e quando perguntei o motivo ele me apontou, aí vi que o Perigoso, meu cão já há dez anos, estava atado embaixo do ônibus e eu já tinha guiado uns quatrocentos metros – recorda.
Por sorte, o cão teve apenas escoriações que se espalharam pelas patas dianteiras e traseiras.
Imediatamente, Perigoso foi levado ao veterinário e retornou para casa, mas novamente outra situação deixou seu dono apreensivo.
- Saí e quando voltei, ele tinha sumido e os vizinhos me deram as características de uma mulher que havia o levado mas em seguida a Brigada Militar descobriu se tratar da coordenadora da Ong Amigo do Bicho, que o devolveu e explicou que meu cão foi recolhido porque ela recebeu uma denúncia de maus- tratos.
O proprietário disse não ter a menor idéia de quem atou seu amigo debaixo do seu “ganha pão”, mas garante que o ato foi por pura maldade. Também está fazendo contas de cabeça de como Perigoso, nome dado em virtude do cão ser muito agressivo com estranhos e por isso permanecer preso no quintal da casa, permitiu que alguém se aproximasse a esse ponto.
- Ele morde todo mundo, essa eu não entendi – disse cheio de questionamentos.
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