quinta-feira, 21 de junho de 2012

Perigoso é arrastado por 400 metros debaixo de ônibus e sobrevive


Zé Tur, assim é conhecido o empresário que como meio de sobrevivência aluga seu único ônibus para pequenos trajetos, levou um grande susto na tarde de ontem quando segundo ele, ao se deslocar para um velório onde transportaria pessoas para um funeral, foi surpreendido por um motorista que guiava uma viatura da CEEE e por pouco, ambos não saíram no tapa em via pública.
- Ele me deu duas ou três vezes sinal de luz, mas como não encostava ao meu lado continuei. Após, ele atravessou a caminhonete em frente ao ônibus para me obrigar a parar e passou a me ofender com palavras de baixo calão e só não brigamos porque muitas pessoas de minhas relações interferiram e o ameaçaram fazendo com que fugisse – relatou o motorista.
Zé não sabia, mas a revolta do condutor da caminhonete foi ocasionada por ele ter avistado um cachorro preso embaixo do ônibus que só não morreu porque o veículo estava trafegando em segunda marcha, portanto em baixa velocidade.
- Fui chamado de assassino de cachorro e quando perguntei o motivo ele me apontou, aí vi que o Perigoso, meu cão já há dez anos, estava  atado embaixo do ônibus e eu já tinha guiado uns quatrocentos metros  – recorda.
Por sorte, o cão teve apenas escoriações que se espalharam pelas patas dianteiras e traseiras.
Imediatamente, Perigoso foi levado ao veterinário e retornou para casa, mas novamente outra situação deixou seu dono apreensivo.
- Saí e quando voltei, ele tinha sumido e os vizinhos me deram as características de uma mulher que havia o levado mas em seguida a Brigada Militar descobriu se tratar da coordenadora da Ong Amigo do Bicho, que o devolveu  e explicou que meu cão foi recolhido  porque ela recebeu uma denúncia de maus- tratos.
O proprietário disse não ter a menor idéia de quem atou seu amigo debaixo do seu “ganha pão”, mas garante que o ato foi por pura maldade. Também está fazendo contas de cabeça de como Perigoso, nome dado em virtude do cão ser muito agressivo com estranhos e por isso permanecer preso no quintal da casa, permitiu que alguém se aproximasse a esse ponto.
- Ele morde todo mundo, essa eu não entendi – disse cheio de questionamentos.


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