Direção do Educandário entende que a prática é normal |
A solicitação aos seus alunos por parte de uma professora da 3ª série da Escola Inácia Machado da Silveira provocou certo mal estar, segundo duas das reclamantes, em grande parte das mães que discordam dos R$ 3.00 a serem usados para custear as provas mensais de junho e agosto.
O objetivo é que o valor ajude no xérox dos testes que no comercio local custam entre 0,10 e 0,15 centavos e o pedido chega aos pais através do rodapé do conteúdo a ser estudado em casa distribuído aos estudantes.
A reclamação foi feita por telefone esta semana durante o Programa Bom Dia Nativa, da Nativa FM, por uma das mães e que ao receber nossa reportagem em sua residência no bairro Vila Nova apontou uma segunda também ouvida pelo Eu Falei.
Pedido vem junto ao conteúdo das provas |
- São quinze alunos e entendo que este valor de R$ 3.00 de cada um é alto é desnecessário e minha filha foi bem clara: se não levar o dinheiro não terá direito a fazer a prova como os demais que contribuírem – disse a outra mãe que atua como faxineira.
As duas mães confessaram que no início do ano letivo não necessitaram, comprar nada além do material básico para seus filhos e que também não houve nehuma requisição neste sentido por parte do educnadário.
As duas mães confessaram que no início do ano letivo não necessitaram, comprar nada além do material básico para seus filhos e que também não houve nehuma requisição neste sentido por parte do educnadário.
Na presença da direção da escola a reportagem conversou com a professora em questão que justificou a requisição do valor.
- A intenção é dividir com os pais os custos para a realização dos testes mensais, apenas para as cópias da prova matriz, pois inclusive estes custos e os demais normalmente os professores tiram do próprio bolso – defendeu a mestre que explicou a questão do impedimento para quem não contribuir.
- Falo para eles que se não trouxerem irão copiar do quadro como uma forma de estimulá-los a trazer o valor. Mas não é uma determinação e é claro, os que não trouxerem farão as provas da mesma forma e quem irá pagar o xérox somos nós professores - garante.
A diretora da escola lembrou que isso é uma prática comum em todas as instituições de ensino do município e que a Inácia não possui condições financeiras para dar toda a estrutura necessária de forma gratuita.
Opinião: O pedido da professora com a concordância da direção, e a reclamação com certa razão por parte das mães, para mim é apenas uma gota no oceano diante do retrato fiel da educação no Brasil.
Resumo da ópera: do bolso do cidadão é sacado uma carga tributária absurda e desproporcional à educação oferecida, já que a Inácia não possui uma máquina copiadora, e ao salário de fome pago aos professores, deixando claro que pedir, dar, negar, ajudar com o próprio dinheiro, está dentro de um contexto de falência da grande maioria das escolas públicas de um Brasil , incapaz, por péssima vontade política e as vezes corrupção, de sustentar uma estrutura decente e digna de elogios.
Opinião: O pedido da professora com a concordância da direção, e a reclamação com certa razão por parte das mães, para mim é apenas uma gota no oceano diante do retrato fiel da educação no Brasil.
O RS não foge a regra do restante do país aliás, é um dos piores em educação segundo estudos recentes e, saber que um mestre, sobrevivente de um salário de fome, com garra e amor pelo que faz ter que, para formar todas as demais profissões existentes sacar do minguado vencimento uns trocados e custear as provas de seus alunos, é algo humilhante num país que está para o primeiro mundo assim como Piratini está para o potencial turístico (se é que você me entende).
Hoje, para uma faxineira, profissão de uma das mães, R$ 3.00 fazem falta sim, mas não menos que para aqueles que vararam e ainda atravessam noites elaborando conteúdos.
Detalhe: se a escola tivesse requisitado material escolar além daquele portado pelo aluno, certamente senhoras mães, o gasto seria superior ao valor pedido.
1 comentários
ai esta o resultado de terem matado o Gremio Estudantil Profª Maria Meireles qual tive a honra de fundar quando estudei nessa escola - mas infelizmente hj em dia os alunos se preocupam mais com assuntos vagos que a politica estudantil - por 3 oportunidades me reuni com o Coordenador Regional de ensino na epoca por problemas como falta de merenda ou falta de material de limpeza - uma diretora ate antecipou sua aposentadoria na epoca. O saudade de fazer politica em Piratini.
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