Secretário assume risco e Samu será regulado pelo município

Diego Espíndola
Sec. Munic. de Saúde de Piratini

Não é de hoje que as reclamações com a demora nos atendimentos do serviço de Urgência e Emergência Samu literalmente tiram o sono do secretário de saúde Diego Espindola.

Em entrevistas anteriores à imprensa ele confessou que no meio da noite várias vezes foi acordado  pelo toque de seu celular com pedidos de socorro originários de quem naquele momento precisava do atendimento.

Isso ocorria por que há meses atrás, ao detectar a dissonância entre o órgão regulador da Samu em Pelotas e a ordem destes para que a equipe de plantão em Piratini pudesse se deslocar para as ocorrências, Diego resolveu arriscar e de certa forma passou a comandar as liberações.

Já naquela época, o próprio secretário concordava que essa atitude poderia lhe causar problemas como, por exemplo, uma punição vinda de órgãos superiores por fazer sem autorização o que é chamado de regulação inversa, ou seja, o município decidir se os pedidos eram passíveis ou não de pronto socorro.

Com o aumento das reclamações nos últimos dias com relação às possíveis falhas originárias pelo telefone 192, o que antes era uma opção a partir de ontem, quinta-feira, passou a ser a referencia.

- Tenho consciência de que posso ser punido, mas prefiro correr o risco a deixar alguém em risco-

Com essa frase o secretário definiu sua decisão tomada na tarde de ontem após uma rápida reunião com o prefeito Vilso Agnelo em seu gabinete.

Se as pessoas que vierem a necessitar do Samu preferirem agora o telefone 192 ficará em segundo plano.

O 99635050, celular pessoal de Diego, torna-se ainda mais público e através dele também os atendentes lotados no corpo Samu, que funciona em anexo ao Posto de Saúde Central, passam a receber a autorização para os deslocamentos, pelo menos até que uma enfermeira padrão seja contratada para realizar os primeiros procedimentos antes de liberar a equipe.

Anote:9963-5050

Mas Diego chamou a atenção para a responsabilidade das em não efetuarem chamadas com situações falsas.

- Peço que as pessoas tenham a noção do quanto um trote pode influenciar na vida de quem naquele exato momento realmente está precisando de socorro- alertou o secretário.