Segunda-feira- 23 de maio de 2016
Estudantes prometem que a ocupação será longa, organizada e ordeira |
O que já era reduzido dado à adesão de uma parte significativa do quadro de professores à greve do Magistério gaúcho iniciada na semana passada, ao menos no Instituto de Educação Ponche Verde se tornou total, ou seja, todos os 1020 alunos da instituição estão sem aulas a partir desta segunda-feira.
A mudança no quadro se deu em virtude da ocupação do prédio por 15 alunos do ensino médio, o que começou antes mesmo da escola abrir as portas para os aprendizes do turno da manhã.
Organizados, com colchões, cobertas e utilizando o refeitório da instituição para prepararem a própria refeição, os ocupantes prometem ficar por tempo indeterminado.
Como justificativas para a ação que ocorre também em vários outros municípios do Estado, o apoio aos mestres em paralisação, a falta de recursos para áreas básicas e o protesto contra a morosidade do governo em solucionar os problemas de estrutura do educandário.
- A situação é decadente. Nossa escola está caindo e isso não é uma realidade que queremos viver. Os professores que já ganham mal estão entre os servidores públicos que tem o salário parcelado e para quem tem como única fonte de renda dar aulas é complicado – resume Abner Garcia, 15 anos que ampliou:
- Falta o básico do básico. Até mesmo o repasse para merenda escolar está atrasado- reclama a estudante observada por Rita Hax, uma das educadoras do colégio e que integra o CPERS/Sindicato no município.
- A participação dos alunos no processo de mobilização dos professores mostra que estamos do lado certo. A ocupação do Ponche Verde é um ato histórico e simbólico dentro da nossa comunidade e nós, enquanto educadores estamos otimistas ao perceber que os alunos dão se de conta dos motivos da nossa luta e estão engajados nisso – opinou a professora.
Para a diretora Mariléia Leitzke, o protesto dos alunos é válido e se soma ao universo de ações direcionadas à Secretaria Estadual de Educação para que as reformas no prédio sejam realizadas.
- Penso que a gente precisa e deve apoiar o movimento, assim não vamos intervir na ação deles, pois temos buscado sem sucesso alternativas para alojar as turmas prejudicadas com a interdição do prédio– disse Mariléia referindo-se a interdição do andar superior do prédio central do educandário
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