Terça-feira- 19 de abril de 2016
Sindicato dos Vigilantes pressiona para a aprovação do projeto |
Foi discutido e votado na Câmara de Vereadores nesta terça-feira o projeto de autoria do vereador Sérgio Castro (PDT) que institui segurança armada durante 24 horas nas agências bancárias e cooperativas de crédito.
O tema que tramitou na casa há três semanas e só não foi votado na sessão da semana passada porque o presidente do legislativo Lourenço de Souza (PT) pediu a retirada do projeto por segundo parecer do IGAM o mesmo é inconstitucional.
Para pressionar os vereadores a votar favorável o Sindicato dos Vigilantes, sediado em Pelotas, lotou um ônibus e desembarcou em Piratini ocupando as dependências da casa, o que tornou em vários momentos o clima tenso durante a discussão, um efeito direto da ação do sindicato que, pela manhã colocou um carro som nas ruas chamando a comunidade pra reunião, mas também externando que Souza é contra o projeto, segundo eles, por manter laços com CREHNOR SUL, cooperativa de crédito da cidade.
- Não estou legislando em causa própria. A CREHNOR Não tem condições de custear segurança armada em tempo integral e há uma lei federal que determina que quem não possui caixa eletrônico não há a necessidade de segurança 24 horas-argumentou o presidente.
Já Marcelo Puccinelli, presidente do Sindicato dos Vigilantes, argumentou que o serviço é uma tendência na metade sul, já tendo sido aprovado em município como Cerrito, Pedro Osório e Canguçu.
- A população merece que, diante do lucro de milhões anualmente, as instituições financeiras gerem segurança para os clientes. No Estado já são 94 municípios tratando a matéria – vernalizou o presidente.
O projeto original sofreu uma emenda aditiva de autoria de Marcial Guastucci, vereador do PMDB. Ela foi ao encontro ao que pediu o presidente da casa e reza que ficam excluídas as entidades que não possuem caixas eletrônicos, caso da CREHNOR.
Após uma hora e meia de discussão em torno do aditivo os vereadores aprovaram a emenda por seis votos a dois e, por unanimidade o projeto que dá 120 dias para as instituições financeiras de adequarem à nova lei. A instituição que não cumprir será multada em 50 mil reais por dia.
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