Sábado- 05 de abril
Veículo foi jogado em uma ribanceira na 702 |
Em novembro do ano passado, quando o então juiz da comarca Roger Xavier Leal libertou Roger Adão Àvila Funari, 30 anos, flagrado pela Polícia Civil em 2012 com a maior quantidade de drogas já apreendidas na cidade e também armas de grosso calibre, a comunidade reprovou tal decisão criticando o juiz nas redes sociais, o que acabou gerando uma explicação do magistrado que justificou a condenação à pena mínima e que possibilitou a liberdade.
Argumentou Xavier Leal:
Ele trabalhava, é primário, têm bons antecedentes e a droga encontrada, a maconha, é menor de menor poder destrutivo do que o crack e a cocaína.
O fato de já ter passado nove meses no Presídio de Canguçu e ser jovem também pesou na decisão conforme o juiz.
- Ele é novo merece outra chance e, nestes casos, a lei prevê a substituição da pena restritiva de liberdade por serviços à comunidade – argumentou Xavier Leal.
O fato de o traficante ter sido preso novamente no sábado, 05, outra vez com quantidade de maconha suficiente para ser outra vez enquadrado por tráfico torna impossível não questionar o surpreendente perdão concedido.
Circunstâncias
Poderia ser apenas mais um acidente de trânsito na ERS 702 há quatro quilômetros do acesso a Piratini, onde Roger que guiava um Corsa, por estar em velocidade desproporcional ao trecho bateu na traseira de um Celta com placa de Rio Grande, jogando uma família de quatro pessoas em uma ribanceira e de onde todas saíram sozinhas sem ferimentos. Mas não foi bem assim.
Ao atender a ocorrência, a Brigada Militar encontrou no carro de Roger diversos vestígios de que ali mesmo ele consumira cocaína, o que ele próprio, mais tarde, confirmou à reportagem na Delegacia de Polícia Civil enquanto ainda tinha sinais de alucinação provocados pela droga.
Na cena do acidente, os policiais encontraram 498 gramas de maconha.
Naquele mesmo dia, por volta das 05 h da manhã, também vindo de Pelotas, ele capotou o carro de sua mãe, um Corolla e não sofreu nenhum ferimento. Segundo ele mesmo relatou, voltou para comprar mais cocaína, desta vez em seu próprio carro, causando o acidente em uma curva acentuada. Mas quanto à droga ele nega
.
- Da outra vez assumi que eu traficava, mas, agora não. Essa droga foi plantada no meu carro lá em Pelotas com o objetivo de eu trazer e certamente alguém apanha-la aqui em Piratini sem que eu soubesse. É assim que também se faz quando alguém quer transportar ou incriminar outro. Isso foi sacanagem – disse o acusado
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