Fredo comemora a supersafra |
A família Westermann, uma das maiores do setor no município de 19 mil habitantes, igualmente está satisfeita, não só com o que colheu, mas também com o que seus silos, abarrotados do grão, têm recebido diariamente, o que obrigou aos gestores da empresa localizada na entrada da cidade, requisitar à Cervejaria Ambev que retirasse a cevada até então armazenada, para dar lugar à soja.
- Apesar de em março ter nos faltando uma ou duas chuvas, a produção este ano vai superar 2012, quando colhemos 31 mil toneladas. Para 2013, não menos que 55 mil sairão das lavouras – calcula. Fredo Westermann, (foto acima), diretor da empresa de silos.
Mas às somatórias comparativas vão além:
Mas às somatórias comparativas vão além:
- Tão importante quanto a quantidade colhida, foi o aumento da área plantada que se elevou em 51%, comparada ao ano passado: de 15,197 hectares para 23 mil este ano. E neste universo, também os produtores, que em 2012 foram 57 e agora são 103 – quantifica.
Fredo destaca outros fatores importantes quando se tem uma superprodução na agricultura, como por exemplo, a geração de empregos durante todo o processo, mas principalmente durante a safra, e o impacto na economia do município.
- Isso é bom para o produtor, para a indústria e para o comércio. Somente a Westermann contratou dez novos funcionários, todos com carteira assinada. Isso imediatamente significa o dobro de dinheiro circulando nas lojas e, certamente, daqui a dois anos, quando se der publicidade à arrecadação que foram parar nos cofres públicos, com certeza o aumento foi ocasionado pela soja- presumi.
Capacidade
Westermann garante que nunca na história da empresa, enfrentou o aperto e o movimento deste ano no vai e vem de caminhões que descarregam cerca de 900 toneladas diárias nos silos da armazenagem.
- Estamos apavorados. O movimento é histórico: 130% acima com relação ao ano anterior. Entram 900 e saem apenas 200 toneladas para o Porto de Rio grande.
Ponto Negativo.
Se Piratini se assemelha ao restante do país na safra recorde, não é diferente quando o assunto é logística para o escoamento. O país há muito tempo não investe o necessário para escoar suas riquezas e boa parte do lucro, assim como o estímulo do produtor e continuar, ficam pelo caminho.
Começa pela novela da limitada, arcáica e de baixa capacidade enquanto tonelagem, Ponte do Costa e a proibição da circulação de caminhões Bi trem, o que impede que a carga tenha cerca de oito toneladas a mais.
Mas o maior problema ainda é encontrado do acesso da lavoura até que os caminhões encontrem o asfalto ou um trecho de chão batido compatível com a riqueza gerada.
- Nossos armazéns recebem soja de Aceguá e nós não conseguimos receber do segundo distrito de Piratini por causa das péssimas condições das estradas- reclama o cerealista.
Ele questiona:
Qual o é o beneficio que o produtor tem do poder público mesmo sendo o trabalho dele que praticamente sustenta sozinho o município com a geração de impostos?
Fredo revela que a empresa adquiriu e utiliza maquinário próprio para dar manutenção em alguns trechos e com isso, facilitar o transporte e também reduzir os prejuízos com a mecânica dos veículos.
- Há a necessidade de um planejamento da administração antes da colheita, para poder receber a safra, pois quem ganha com isso não sou somente eu, mas, principalmente a cidade através, por exemplo, do ICMS – argumenta..
Ele concorda que esse planejamento deve e, contaria com a colaboração dos produtores de várias formas, entre elas, a doação do óleo diesel para a execução dos trabalhos.
- Nos procure. Temos que sentar e planejar juntos, o que é comum e funciona em outros municípios – finaliza.
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