Um espaço para uma boa prosa e onde o vocabulário gaudério ou rural como por exemplo "bombeia ali em riba", que traduzido significa “olha ali em cima” e também para a culinária onde o carreteiro e o indispensável feijão campeiro são obrigatórios no cardápio e, é claro, para a cantoria com gaita e violão que abrigam não só canções, mas os destacados desafios de trovadores. Esse é o cenário encontrado na Recoluta promovida pelo tradicionalista Luiz Carlos Antunes que, ao migrar para a cidade, manteve o evento que divertia na zona rural onde morava, o transformando em uma atração na última sexta-feira de cada mês junto à patronagem do Centro de Tradições Gaúchas 20 de Setembro.
Com o CTG interditado pela prefeitura para que realize as adequações de segurança contra incêndio, a saída para manter a Recoluta ativa foi conseguir um espaço provisório na Escola Rui Ramos.
A oportunidade possibilita a fusão do trovador que já gravou seu Cd e até fez shows, com aquele que a mantém ativa na intenção de que a arte apreendida no cotidiano do homem do campo não integre os costumes tradicionalistas que vem se perdendo e sendo esquecidos ao longo do tempo devido a evolução tecnológica e a evasão do campo pra cidade.
O Mandiquinho Éder Alves, cria do falecido Don Erni Alves, figura referência no gauchismo da 1ª Capital, o trovador Aristeu Silva e os demais, fizeram uma homenagem ao trabalho jornalístico e musical que realizamos na Rádio Nativa, inserindo o tema nos versos cantados em alguns dos desafios da noite, o que você acompanha no vídeo abaixo.
No encontro da sexta, os participantes receberam a visita dos alunos do Curso de Sapadores Bombeiros, ministrado pelo Francês Pierre – Louis Lamballais e de sua esposa, a bombeiro militar em Brasília Major Marina Lamballais.
Pierre visitou a cozinha, ouviu e deu dicas gastronômicas aos cozinheiros Sérgio e Gilson (foto à direita acima) e, é claro, provou e aprovou os tradicionais pratos da culinária campeira.
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