Inverno e verão, transtornos, mosquitos, exposição às doenças e uma boa dose de indignação com as administrações municipais ao longo da história política de Piratini, que não tentam de fato mudar o cenário fétido do bairro.
Os 35 milímetros de chuva de ontem, serviram apenas para reescrever um mesmo capítulo em que os transtornos, a lama e a sujeira, não necessitam de convite para se fazer presentes.
Na esperança de ver uma atitude concreta tomada pela Prefeitura de Piratini, ou ao menos tornar público através da imprensa o problema novamente enfrentado, a funcionária pública Vera Lúcia Lopes (foto acima e a beira da vala), chamou nossa reportagem para falar do drama vivido na tarde de ontem e que foi registrado pelo celular de uma vizinha.
-Desde que me mudei pra cá, já vi várias enchentes, mas ontem foi demais. Precisamos que a prefeitura canalize a sanga, mas como alegam que é burocrático, dependem de várias licenças ambientais e todos os projetos que fazem nunca dão certo, ao menos que construam um pontilhão e, por baixo dele, passaria toda a água da chuva- requisita a moradora, que viu cerca de 30 centímetros d’água cercarem sua casa construída ao lado da sanga.
- Uma parte da tubulação por onde o esgoto e a água da chuva são escoados, passa debaixo de minha casa. Tenho medo e há dois anos peço que o desvio seja feito, mas até agora nada – reclama a funcionária pública, que garante já ter tratado do assunto com o atual prefeito e que este alegou ser o local inadequado para a construção, por ser área de risco, portanto a casa de Vera ali não deveria ter sido construída.
Susto maior com a chuva de ontem passou a aposentada Ieda dos Passos Goularte, (foto acima e á esquerda)moradora da Antônio Viera Guimarães, esquina com a 15 de Dezembro.
Com sua residência construída no nível da rua, se tornou alvo fácil para a enxurrada que transcendeu os limites da sanga e rumou para os cômodos, obrigando a ela, amigos e até vizinhos serem ágeis para evitar um prejuízo maior.
- Neste doze anos que moro aqui, essa foi à terceira vez que a água invadiu. Precisamos da canalização urgente – disse.
Na Djalma Madeira Antunes, Bairro Santa Isabel, a doméstica Marivone Carvalho também se desdobrou junto aos demais membros da família para não perder a mobília. Neste caso, uma pedra, motivo que faz a doméstica lutas há anos junto a prefeitura para a extração, colabora para que as enxurradas invadam a residência.
Na Djalma Madeira Antunes, Bairro Santa Isabel, a doméstica Marivone Carvalho também se desdobrou junto aos demais membros da família para não perder a mobília. Neste caso, uma pedra, motivo que faz a doméstica lutas há anos junto a prefeitura para a extração, colabora para que as enxurradas invadam a residência.
2 comentários
Não foi a primeira e nem será a última enchente na Sanga da Ernesta, desde que me conheço por gente acontece isso, mas o que fazer se a burocracia é mais importante que a saúde e os bem materiais das pessoas que ali moram! Só não entendo por que antes podia canalizar a Sanga e agora não pode mais, pois ela é canalizada desde a rua de cima no centro e quando chegou ali parou! Lembro-me de quando um certo "politico" fez campanha, prometendo aos moradores daquela região fazer a canalização, que na época "só não tinha sido feita por que o partido que ali estava governando não queria fazer", pois bem o político se elegeu e nada fez... Fica a pergunta porque?
Quem morra ali sabe de quem estou falando!!!
ta na hora da prefeitura apresentar um projeto para CANALIZAR a Sanga --- hum nao tem DINHEIRO ? mas pra criar mais uma secretária e pagar o secretário tem ?
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