Felinos se reproduzem sem controle |
O número descrito no título faz parte do mínimo e integra o que foi possível a reportagem contar, ao conhecer esta história que pode ate não agradar a vizinhança, e não agrada, mas é inegável que se trata de um belo gesto de amor e solidariedade para com os animais.
Por temer chacotas e continuar a ser incompreendido, o aposentado de 62 anos requisitou o anonimato ao nos receber em sua casa, no bairro vila nova.
Ele conta que a história de amor com os felinos e, responsável por consumir entre 25 e 30% de seu salário, teve origem com suas duas gatas e um gato de estimação, mantidos com extremo conforto.
Mas a doença e internações constantes de familiares, o afastou por vários dias durante meses de casa, tempo suficiente para que as fêmeas procriassem e a situação perdesse o controle.
Gatos pequenos aguardam adotantes |
A procriação desordenada alterou por completo a rotina do aposentado. Hoje, ele praticamente abdicou de momentos de lazer ou qualquer outra atividade que necessite com que se ausente por muito tempo da moradia, tempo usado para alimentar e manter o ambiente higienizado o máximo possível.
- Não posso sair, nem mesmo almoçar com meu irmão, pois fico preocupado em alimenta-los, já que tem hora certa para as refeições – conta o ex- policial que se desdobra para manter os gatos em perfeita saúde, inclusive com ausência de pulgas e vermes.
Além dos 48 quilos de ração comprados e consumidos por mês, ele que é solteiro, também pilota o fogão no preparo pratos a base de miúdos de aves, algo em torno de 40 quilos a cada trinta dias, alimentação complementada com 20 litros de leite.
Preocupado com a opinião e os transtornos causados pelos gatos aos vizinhos da rua, ele, que admite estar abalado psicologicamente devido à situação, pede ajuda para solucionar o que se transformou em um grande problema.
48 quilos de ração são consumidos por mês |
Somente em uma das caixas que servem de abrigo, localizadas em um dos cômodos, encontramos cerca de 25 pequenos gatos, consequência de quatro crias de diferentes mães, algo comum segundo ele, pois as gatas não rejeitam os filhotes umas das outras, e amamentam de forma coletiva. Na lavanderia, na churrasqueira e no quintal, mais três caixas com filhotes. O espetáculo da multiplicação continua ao por do sol, quando os adultos são reunidos para o jantar.
O ex -policial disse que a intenção é ficar apenas com os gatos mais velhos e, para isso, já buscou auxílio no Ministério Público e na Ong Amigo do Bicho. A ajuda veio rapidamente, mas a dificuldade em capturar tantos felinos permitiu que apenas oitos fossem vacinados. Ele espera que a situação sensibilize as pessoas e que suas dezenas de bichanos possam ser adotados.
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1 comentários
É, cada vez mais vejo que Piratini se tornará a CIDADE DE CACHORROS E GATOS. Onde está o Poder Público que não toma uma providência imediata? Será que não sabem que todos esses animais poderão transmitir doenças? Até quando a população ficará calada? Será que não sabem que existem várias famílias (humanos) que estão passando necessidades? Quem sabe vão dar um pequeno passeio no Cancelão, no bairro Pe. Reinaldo? Vejam quantas pessoas passam por necessidades! O que hoje vejo é que o ser humano, deixou de ser prioridade e os animais tomaram o lugar deles. PENSEM NISSO!!!
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