Sirlei foi testemunha do atropelamento |
Duas semanas depois dos laços rompidos, Sirlei Gonçalves Luçardo, 68, concedeu exclusiva ao Eu Falei, sobre a morte da irmã, Deloá Gonçalves, da qual foi testemunha enquanto realizavam sua caminhada rotineira na ERS 702 no primeiro dia do mês.
A saudade
- Tem sido muito difícil. Éramos companheiras inseparáveis nas horas boas e más e a impressão, é que nem mesmo respirar conseguíamos se não fosse juntas. Dos sete irmãos, hoje restaram apenas quatro e tenho certeza de que nenhum dos demais sentirá mais a falta dela do que eu – declarou a professora aposentada, com breves intervalos para retomar a entrevista devido à emoção.
O acidente
Deloá deixou saudade e dúvidas pelo acidente |
- Ela tinha muitas dores no peito e caminhar, assim como frequentar a academia, foi uma orientação médica. Andávamos na contramão, pois desta forma é possível ver os veículos que vem de frente. O combinado era eu ir um pouco à frente e ela me seguiria de perto – relembra.
- Ao perceber que um trator em baixa velocidade vinha na nossa direção, minha irmã me convidou para atravessar para o outro lado da pista, respondi não ser necessário, pois o trator tava devagar e distante. Ela então cortou minha frente e atravessou a faixa e, não sei por qual motivo, depois que chegou ao outro lado decidiu retornar para onde eu estava. Eu então fiquei prestando atenção no veículo e aí apenas ouvi o estouro – relata.
O choque
- Ele não teve culpa. A Deloá foi em direção ao centro da pista. Acredito que o motorista tenha se assustado, pois não conseguiu parar o carro depois do choque, andando uns vinte metros com ela rolando por cima do capô, e quando ele parou, Deloá caiu morta ao meu lado – conclui Sirlei.
Irmã testemunha isentou motorista |
- Continuo acreditando que ela teve um mal súbito -
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