Família esteve esta tarde no Conceição |
Acompanhada do pai, Nélson, da mãe Isonete e de uma amiga da família, todos conversaram num clima de comoção e revolta, cerca de meia hora com o diretor que pouco pode responder, já que as indagações foram de ordem técnica, portanto devem ser encaminhadas ao anestesista Marcelo Kober e ao cirurgião, Marcos Moraes, que no momento encontravam-se em Pelotas onde atuam.
Daiane cogita exumação |
Ficou acertado entre as partes que na próxima terça-feira, ambos, com a presença da direção do Conceição e a imprensa, estarão reunidos outra vez para discutir o caso.
- Queremos respostas porque até agora as informações são desencontradas. Estamos tristes, chocados e derrotados. Como pode ele entrar bem e sorrindo para fazer uma cirurgia simples e acontecer isso? – indagou a irmã, em entrevista ao Blog Eu Falei ao término da reunião.
Daiane confirmou que a autópsia, que poderia ter comprovado ou não o choque anfilático, causa apontada pelos médicos para a morte de Nélson, não foi realizada por decisão conjunta da família.
- Naquele momento estávamos muito abalados e entendemos que isso não o devolveria para nós. Mas agora decidimos ir até o fim para esclarecer tudo - disse Daiane deixando claro que a exumação é uma hipótese não descartada.
- O que está sepultado é apenas o corpo dele e não a alma, então, se necessitar, vamos exumar, mas não queremos nenhuma indenização caso algum erro fique comprovado e sim, apenas impedir que outras famílias não sofram como nós – garantiu.
Diretor Laerto recebeu familiares |
- Ele era uma pessoa feliz, adorava estudar, amava crianças e os sobrinhos. Todos gostavam de meu irmão por ser alguém simples e humilde. Na viagem para Piratini, ele brincou comigo todo o caminho e fez planos para que eu o acompanhasse esta semana outra vez na revisão que faria. Voltar pra casa sem ele é uma derrota e não dá mais vontade de viver - falou emocionada a irmã.
Depois de muita insistência junto à direção, Daiane disse ter conseguido acesso ao prontuário do irmão no dia da cirurgia, o que conforme Laerto Farias, está dentro da normalidade, pois não é normal fornecer imediatamente à requisição, este tipo de documentação que em um primeiro momento é de uso apenas da instituição.
Laerto manteve a mesma posição da semana passada, dizendo que até o momento o caso é visto como uma fatalidade prevista em qualquer procedimento cirúrgico, o que abalou a todos.
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