Com SUSAF regulamentado, Agroindústrias informais ganham mais espaço
Governador Tarso exibe decreto assinado |
Foi assinado ontem, durante um almoço no Restaurante Galpão Crioulo do Palácio Piratini, em Porto Alegre, o decreto que regulamenta a Lei 13.825, responsável por criar o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial, Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte, Susaf- RS, programa de nome tão extenso quanto sua importância para reduzir as desigualdades impostas principalmente aos pequenos e médios produtores inseridos na informalidade hoje responsáveis por 35 mil indústrias inseridas neste contexto no RS e que geram 50 milhões de reais por ano somente entre aqueles que fabricam ítens de origem animal como por exemplo o queijo.
O projeto que virou lei e foi aprovado por unanimidade pela Assembleia Legislativa gaúcha, é de autoria do deputado estadual petista, Edegar Preto, e busca entre outros tantos pontos positivos dar aos praticantes as agricultura familiar, igualdade de condições para comercializarem o que produzem também fora dos limites de seus municípios de origem ou residência, o que deve influenciar diretamente na redução do êxodo rural, ponto frizado por Ivar Pavan, secretário estadual de desenvolvimento, pesca e cooperativismo.
Dep. Preto garante que Lei acaba com muitas desiguldades |
- Esse ato atende quase uma década depois uma cobrança dos movimentos sociais ao governo do estado para que criasse um comércio em igualdade de condições com os já regulamentados. Se o SUSAF tivesse sido criado antes milhares de trabalhadores que abandonaram o campo ainda estariam em suas origens.
O autor do projeto, oriundo do campo, falou com empolgação ao ver sua idéia sacramentada.
- Não há mais barreiras para vender o que é produzido pela mão do agricultor. Pela primeira vez em décadas estamos em frente ao Palácio Piratini, palco de mobilizações históricas e justas, sem ser recebido pela Brigada Militar e sim para mostrar o nosso trabalho – salientou Edegar Preto, referindo-se a 1ª Feira de Produtos Agroindustriais fabricados por agricultores e montada em frente à sede do governo gaúcho, depois visitada por Tarso que abriu a carteira e levou para casa das algumas guloseimas e bebidas à venda.
- É meu primeiro projeto e vai permitir ao homem do campo vender não mais só em sua cidade, mas em todo o território gaúcho e a partir de agora os consumidores poderão entrar em um supermercado e encontrar na prateleira o que é fabricado pela mão generosa do pequeno agricultor, o que torna nosso estado o primeiro do Brasil a conseguir adequar uma legislação e permitir esta venda intermunicipal, ofertando mais alimentos no mercado. Com o SUSAF, ganha o consumidor e ganha o agricultor que permanece no campo com mais dignidade e renda – ampliou Preto.
Tarso visitou feira e adquiriu produtos |
O governador classificou o momento da assinatura do decreto como histórico e revolucionário e ao responder questionamentos ao vivo pela Rádio Nativa FM, única emissora da região presente ao evento, lembrou a importância e o papel dos municípios para que o SUSAF tenha efeito generalizado.
- Essas ações fazem parte de uma reorganização da base produtiva do Estado. São 470 mil agricultores familiares no Rio Grande do Sul que terão a oportunidade de impulsionar o desenvolvimento econômico gaúcho dentro de um conceito revolucionário e democrático -
EmoticonEmoticon