A mãe de Guilherme Martins Ortiz, hoje com dezesseis anos, notou os primeiros sintomas que a fizeram desconfiar que algo estava errado com a saúde do filho quando ele tinha apenas dois dois anos.
No diagnóstico do médico, a constatação de que o garoto necessitaria de um procedimento cirúrgico para a retirada das amídalas, estruturas próximas à garganta que ajudam a combater agentes infecciosos na infância, mas que ao longo da vida se tornam praticamente ineficazes e também das adenoides, estruturas semelhantes localizadas atrás do chamado, céu da boca e que tem praticamente a mesma função e quando crescidas causam sérios problemas na função respiratória.
A partir de 1988, quando Fábria passou a recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS), para conseguir sem custo a retirada tanto das amídalas quanto das adenoides, passou também a conviver com as dificuldades impostas a quem depende do sistema público, o que a fez peregrinar por consultórios médicos de Jaguarão, sua cidade natal, hospitais universitários e municípios que poderiam oferecer o serviço.
A solução para Guilherme só apareceu com a conquista pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição de Piratini, da referencia em otorrinolaringologia em 2011. Na semana passada, ao ver o filho entrar no bloco cirúrgico do Conceição para ser operado pela equipe do cirurgião Luís Henrique,ela teve a certeza de que as inúmeras crises respiratórias de Guilherme que tiravam o sono da família atingiam o ponto final.
Horas depois, já no quarto, o fim do drama |
- Ele já dormiu melhor, não roncou – contava admirada com a nova realidade.
Aliviada, ele recordou das dificuldades enfrentadas em anos para conseguir o procedimento e da rapidez com que conseguiu a vaga em Piratini.
- Quando ele tinha dois anos e o levei ao médico, ele me avisou que pelo SUS eu só conseguiria opera-lo quando ele tivesse de bigode e assim aconteceu. Esperar pelo SUS é muito ruim e você vê o sofrimento da criança que a qualquer momento parece que vai parar de respirar ao ter crises de apneia ( suspensão da respiração durante o sono). Aqui foi tudo muito rápido, marcaram em janeiro e agora em julho realizaram a cirurgia . Agora é vida nova para ele – vislumbra.
2 comentários
Não querem que o povo acredite que só em Piratini fazem esse procedimento cirúrgico. Assim, com esse tipo de publicação, estão perdendo a credibilidade!
Ninguém afirmou que somente em Piratini se realizava esse procedimento. O que existia realmente era uma demanda reprimida muito grande em virtude de poucos oferecerem esse procedimento pelo SUS. A gestão municipal de saúde, diante dos problemas enfrentados pelos munícipes, e claramente enfrentados por todos os secretários da região, teve a visão e a coragem de trazer para Piratini a referência na prestação desse serviço, que hoje atende a todos os municípios da zona sul. O que quero frisar é que esse ato de trazer a referência em otorrinolaringologia para Piratini foi um ato de Política de Saúde. E olhem, tem resolvido problemas de uma fila de espera de gente já quase sem esperança de algo conseguir. Dependendo do ângulo de visão com que olhem qualquer inovação críticas sempre virão. Toda a vontade de se fazer algo pelo bem comum sempre foi e será criticada de alguma forma seja politicamente ou por outras razões.
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