quarta-feira, 27 de junho de 2012

Assim como a contra a Pólio, vacina da H1N1 não atinge meta


Lá se vão dois meses em que a vacina que protege o organismo humano contra a popular Gripe A está  disponível nos postos de saúde de Piratini, mas assim como ocorreu recentemente com a imunização da Poliomielite, o resultado novamente foi pífio.
Segundo apontam os dados fornecidos pela Secretaria de Saúde local, o índice registrado até o momento está muito abaixo do pretendido pelo órgão que ambicionava vacinar 4.400 pessoas, mas conseguiu alcançar apenas 2536 vacinados, o que representa 57% da meta.
- É um dos índices mais baixos registrados entre os municípios da região – lamenta a enfermeira da Secretaria de Saúde de Piratini, Fernanda Hernandes.
A profissional observou que as faixas ou grupos classificados como de risco, formado por profissionais de saúde, gestantes, crianças entre seis meses  e menores de dois anos e idosos com idade a partir de sessenta anos, são os que menos procuraram os postos da Vila Nova, Cancelão e Central para receber a imunização que atualmente, ao contrário dos anos anteriores, também já protege contra a gripe comum e que no RS já causou a morte de nove pessoas.

- Quando abrimos a vacinação para a população em geral e para os doentes crônicos, houve uma procura mais ampla, mas agora só dispomos de estoque para o grupo de risco por estes estarem entre aqueles mais expostos ou que se contaminados pelo vírus terão consequências mais graves – informou.

Hernandes opinou sobre o motivo que entende ela é responsável pela pouca cobertura.
- Mais uma vez nos esforçamos, divulgamos a campanha na mídia, realizamos um chamamento para atrair e mostrar a importância da vacina às pessoas, mas novamente não surtiu o efeito esperado. Sentimos que há uma resistência entre os que deveriam ser os mais interessados – disse a enfermeira dando como exemplo mitos sem nenhuma comprovação científica.
- Muita gente acha que a vacina causa efeitos colaterais e até mesmo o aparecimento da gripe, o que não é verdade, pois não há contraindicação. O que pode ocorrer é uma coincidência: o vírus já está no organismo e se manifesta naturalmente, mas como alguns fizeram a vacina acabam associando – explicou, concordando que se a imunização fosse maior haveria uma redução nas internações e complicações das doenças respiratórias nesta época.


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