Vereador pede punição para colega na câmara de Piratini

O histórico dos últimos dois anos e que foi marcado por discussões no mínimo acaloradas e de algumas inclusive ofensas pessoais de um dos lados fizeram parte, não deixa dúvidas que no campo político, mas não só nele, os vereadores Juarez Machado de Farias, PSB e Mauro Castro, PMDB, têm claros dissabores e, a distância entre eles observada durante o transito na Câmara de Vereadores, não permitindo nem mesmo um formal cumprimento, mostra que a antipatia já chegou ao nível pessoal.

E mais um capítulo dessa “briga” promete aquecer os bastidores políticos da cidade.

Na reunião ordinária da segunda-feira, 24, o socialista protocolou junto à mesa diretora e com isso tornou pública, a sua nova ação voltada contra determinados atos de Castro que considera incompatíveis com a função, portanto passíveis de punição.

O motivo conforme reza a documentação entregue para apreciação contendo 13 páginas e que teve anexados CDs com sonoras de manifestações de Mauro Castro, é parte de uma das falas do peemidebista ao usar a palavra na sessão do dia 02 de abril, quando Mauro aconselha em tom descontraído, o presidente da Câmara de Vereadores, Gilson Gomes (PP), à visitar uma boate de nome Bonanza, que seria um dos famosos bordéis de Montevidéu, Uruguai, e onde Gilson por compromissos do CTG 20 de Setembro, entidade a qual é patrão, estará em breve.

Disse o vereador do PMDB em sessão: ”quando for lá na 18 de Julho, lembre-se de mim, ia muito lá, o senhor entra a esquerda, à direita, a boate Bonanza lá, muito bem representada pelo nosso Roberto Carlos”.

Entre sons de risos no ambiente, Mauro ouve do presidente que se mostrou claramente desconcertado o seguinte comentário: ”o vereador Mauro tá me colocando numa encrenca”.

Em determinado ponto da sua manifestação em documento, Machado de Farias expõe que o colega em seu gracejo malicioso aconselha o Presidente da Câmara à visitar um bordel dando boas referencias do mesmo. ”Certamente os risos ouvidos conferem ao espaço institucional o ar de outro ambiente-um galpão, um bar..., mas jamais uma Câmara de Vereadores”, protestou o Juarez.

Ele requisitou que este e outros atos de Mauro Castro que em sua opinião configuram quebram de decoro parlamentar, sejam apreciados e punidos por uma comissão de ética a ser criada na casa.

Manifestação da presidencia- O presidente Gilson Gomes pouco teve a dizer sobre o assunto. Informou que já acionou o setor jurídico da câmara para que primeiramente o código de ética seja criado, para só depois ocorrer a comissão de ética, pedido feito e aprovado pelo próprio vereador Machado de Farias em dezembro de 2011.

Posição da Partido- Em contato com a bancada do PMDB para obter uma manifestação de Mauro Castro sobre o caso, ouvimos do líder, Cláudio Dias, que o colega estava internado no Hospital local  e que a documentação está sendo analisada junto a presidência da sigla para posterior manifestação.